quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Introdução á Anatomia

   A anatomia é o estudo da estrutura e a fisiologia é o estudo da função.Estrutura e função são inseparáveis como a base da ciência e a arte da medicina. A anatomia deve conhecer primeiro determinadas partes do corpo, para que a fisiologia possa apreciar como essas funcionam. A anatomia macroscópica é o estudo das estruturas que podem ser dissecadas e observadas a olho nu, ou com o auxílio de lupas, e constitui o tema principal da Anatomia Topografica. A anatomia de uma região com relação a outras regiões do corpo é designada como anatomia topográfica. A aplicação prática do conhecimento em anatomia no diagnóstico e no tratamento de condições patológicas denomina-se anatomia aplicada.O estudo de estruturas extremamente pequenas, que para serem vistas requerem o emprego de microscópio,refere-se à anatomia microscópica.A observação detalhada de estruturas só é possível por meio do microscópio eletrônico e constitui a anatomia ultra-estruturaI. Quando um animal adoece ou alguns de seus órgãos funcionam de modo impróprio,a alteração do estado normal é estudada pela anatomia patológica.O estudo do desenvolvimento do indivíduo desde o oócito fertilizado até o nascimento é realizado pela embriologia , e aquele do zigoto até a fase adulta, pela anatomia do desenvolvimento.A teratologia representa o estudo do desenvolvimento anormal.

ETIMOLOGIA MÉDICA E NOMENCLATURA ANATÔMICA

     O estudantede anatomia confronta-se com uma variedade desconhecida de termos e nomes de estruturas anatômicas. Logo,uma interpretação melhor da linguagem empregada em anatomia faz com que o estudo seja mais compreensível e interessante. Para a publicação de trabalhos científicos e a comunicação entre profissionais, o conhecimento da terminologia anatômica é uma necessidade. Com o intuito de assegurar o entendimento dos termos anatômicos básicos,um dicionário médico deve estar acessível e ser consultado frequentemente. É muito importante aprender a grafia,a pronúncia e o significado de todos os termos novos encontrados. As estruturas dos vertebrados são numerosas e, muitas vezes, os nomes usuais não são viáveis, podem ser vagos ou sem sentido.Uma vez que se entenda o porquê, é aconselhável ter um glossário de termos internacionais que possa ser compreendido por cientistas em todos os países. O aprendizado do vocabulário médico pode ser auxiliado pela habilidade no emprego das raízes e afixos gregos e latinos. Nosso vocabulário médico atual tem uma história de mais de 2.000 anos e reflete as influências de vários idiomas. Os primeiros escritos de anatomia e medicina foram quase que totalmente redigidos em latim e, como consequência, a maioria das raízes dos termos anatômicos deriva dessa língua clássica. Os termos latinos são comumente traduzidos para o vernáculo do profissional que os emprega. Consequentemente, o latim hepar torna-se liver em inglês, foie em francês, higado em espanhol e leber em alemão."
Embora a terminologia anatômica procure ser o mais uniforme possível, uma disparidade nos termos tem-se originado entre os diveros campos da pesquisa e entre os diferentes países. Em 1895,um grupo composto principalmente de anatomistas germânicos sugeriu uma list padrao de termos  daqueles em uso mundialmente. Tal relação,conhecida como Basle Nomina Anatomica (BNA), não foi aceita internacionalmente, porém determinou a base para a presente Nomina Anatomica(NA), que foi aprovada pelo Congresso Internacional de Anatomistas em Paris, em1955. Dos 5.640 termos padronizados, mais de 80% foram mantidos da BNA. A revisão mais recente da Nomina Anatomica é a quinta edição,publicada pela Editora Williams & Wilkinsem1983.
Os preceitos de nomenclatura a serem seguidos,expressos na
Nomina Anatomica, são para não se fazerem alterações por motivos puramente pedantes ou etimológicos; manter termos curtos e simples; dar nomes similares a estruturas intimamente relacionadas;evitar o uso de epônimos; empregar termos com algum valor informativo ou descritivo;utilizar adjetivos diferenciais e opostos (por exemplo: superficial e profundo);adotar termos simples como regra geral e permitir alternativas somente como exceções; resistir a nominar estruturas insignificantes, mesmo que descobertas ou descritas, e usar o latim para todos os termos. Os anatomistas, reunidos em comissões, têm dedicado tempo e reflexão consideráveis, objetivando o aperfeiçoamento da terminologia anatômica. O Comitê Internacional sobre a Nomenclatura Anatômica Veterinária, indicado pela Associação Mundial de Anatomistas Veterinários, publicou a Nomina Anatomica Veterinaria dos animais domésticos em 1968. Essa Nomina foi revisa da em sua terceira edição,de1983, e serve como base para a nomenclatura utilizada.

(Miller,Malcom E., Guia para a dissecção do cão, 5ª Edição)

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Eletricidade Animal - Contribuição de Galvani e de Volta


Eletricidade Animal

Preparados para momentos de puro pavor? Parece que descobriram uma maneira de fazer os mortos (pelo menos os peixes e as rãs) voltarem à vida. 
Confira o vídeo “apavorante” abaixo:
 Tem um outro vídeo que se vale do mesmo princípio físico-químico, eu achei nesse link:

Acalmem-se, tem uma explicação para essa “volta dos mortos-vivos” e está na continuação do post.

Não tem nada de misterioso nos vídeos acima, é tudo perfeitamente explicável pela ciência.
Esse fenômeno já é conhecido desde 1791, quando o Sr. Luigi Galvani estava estudando a fisiologia e a anatomia das pernas de rã. (Ele queria provar que os testículos das rãs ficavam nas pernas.)
Ele seccionava algumas pernas de rã com um bisturi metálico, ao mesmo tempo que realizava experimentos com eletricidade estática. O bisturi ficou eletricamente carregado e, quando ele tocou um músculo exposto da perna de uma rã, a eletricidade estática contida no bisturi fez com que a perna se movesse.
Maiores investigações e ele chegou a algumas conclusões que permitiram a ele criar uma teoria em cima desse fenômeno, batizado de bioletricidade ou eletricidade animal.
Mais tarde foi cunhado o termo galvanismo. Atualmente, na biologia, esse tipo de fenômeno é estudados na área de eletrofisiologia.
E o que faz com que a eletricidade do bisturi de Galvani provocasse o movimento dos músculos da perna de rã e que fez com que os peixes do vídeo lá de cima se movam? 
A água contida nos fluidos corporais das pobres rãs contém sais, e esses sais são compostos por íons. (No caso dos peixes, vocês podem ver que tem limão e sal à volta deles, provavelmente o autor do vídeo salpicou nos peixinhos. Além de eles estarem deitados em uma “cama” de folhas de alumínio.)
Os íons são partículas carregadas eletricamente (partículas com excesso ou falta de elétrons). No caso do sal, basta ele entrar em contato com a água para se formarem íons. No caso do limão, uma parte do ácido cítrico (contido no sumo do limão) está dissociada na forma de íons H+ e citrato.
Os íons contidos nos sais ou nos ácidos podem aproximar-se de um metal e trocar elétrons com ele. Nesse processo de troca de elétrons, os íons se movem de um lado para outro e conduzem corrente elétrica.
Em outras palavras, o que acontece ao encostar o metal em uma solução salina ou ácida é que passa a acontecer transporte de elétrons do metal para os íons positivos e vice-versa (dos íons negativos para o metal), fazendo com que surja a nossa tão conhecida corrente elétrica.
O fato é que os músculos funcionam à base de correntes elétricas. Duvidam? Então vocês lembram de alguma vez em que bateram com o cotovelo em uma quina de mesa? Não deu um baita choque em vocês? Isso sem falar na dor, no braço voando longe e no susto, não é?
E tem aqueles aparelhos que se usam em sessões de fisioterapia nos quais o profissional coloca uns fiozinhos em pontos específicos da pessoa e, “do nada”, os músculos começam a se mover. Pois bem, aí está uma excelente prova de que os músculos reagem a estímulos elétricos. 
Nossas fibras musculares e a dos sapos e peixes funcionam de maneira similar, graças a duas proteínas fibrosas, a actina e a miosina.

A actina tem quatro principais funções nas células:
  • Formar microfilamento que dão suporte mecânico às células e prover suporte à trasmissão de sinais elétricos aos arredores.
  • Permitir mobilidade celular.
  • Em células musculares, ser uma espécie de esqueleto para a miosina, a qual gera força para suportar a contração muscular. 
  • Eis uma representação em fita da actina.
Já a miosina é uma proteína que contém duas cadeias moleculares, contendo cerca de 2000 aminoácidos, constituída por uma “cauda” e uma “cabeça”. A cauda e a cabeça estão enroladas como duas serpentes entrelaçadas entre si. As “cabeças” ligam-se à actina, dando sustentação à ela.
 
Em cada “cabeça”, a miosina contem duas outras cadeias, chamadas de “leves”. Essas cadeias “leves” têm a função de manter o “pescoço” da miosina unido.
E, finalmente, a “cauda” da miosina é que tem a função que nos interessa. É a “cauda” que media as interações com os íons descritos anteriormente nesse texto. A cauda é, em resumo, a parte responsável pela atividade motora dos músculos.
Essa proteína, em conjunto com a actina, forma as fibras musculares, ou sarcômeros na linguagem especializada. 
A “cabeça” da miosina produz a força que permite ao resto do filamento (“cauda”) se mover ao longo dos filamentos de actina laterais em resposta a estímulos eletroquímicos.
E como essas duas proteínas complicadas conseguem reagir a estímulos elétricos? Pesquisei um pouco no youtube e encontrei uma vídeo bem elucidativo.
 
Agora você já sabe, o que acabamos de descrever aqui é um fenômeno natural, não tem nada de volta ao mundo dos vivos. As pernas de rã e os peixes só estão esticando um pouco as pernas (trocadilho infame) por causa dos sais que os autores dos vídeos salpicaram nelas e ativaram a actina e a miosina ainda não degradadas presentes nas fibras musculares.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Conceitos básicos de osteologia


O que é essa tal da Osteologia?

 A osteologia é a parte da anatomia que estuda os ossos.

Pra que servem os ossos?Qual suas funções?
  1. Sustentação do corpo;
  2. Atuam como alavancas;
  3. Dão proteção a órgãos;
  4. Servem de apoio p/ músculos e tendões;
  5. Reservas de minerais (especialmente o cálcio e fósforo);
  6. Função hematopoiética (medula óssea).
Obs: A função hematopoiética é a produção de células sanguíneas através da medula óssea vermelha.

Existem dois tipos de Esqueleto
Exoesqueleto – são formações duras, situadas externamente no corpo de alguns animais. Ex: casco de tartaruga e tatu.
Endoesqueleto – é o arcabouço interno, objeto de estudo da osteologia.

O esqueleto é dividido em partes?
O esqueleto é dividido em três grandes partes, que são:
Axial – é formado pelos ossos do crânio, colula vertebral, costela e esterno.
Apendicular – é representado pelos ossos dos membros torácicos e pélvicos.
Visceral – é constituído por alguns ossos situados em vísceras de algumas espécies, como o osso do pênis do cão e do gato e os ossos do coração do boi.


Quantos ossos um animal tem?
 A quantidade de ossos no corpo dos animais varia de espécie para espécie e também de acordo com a idade. O animal adulto apresenta um menor número de unidades ósseas, devido a fusão de alguns ossos ou partes, diferente dos jovens, que os possuem separados. 
-Equino: 189
-Bovino: 188
-Suíno: 223
-Cão: 215

Como se subdividem os ossos?
-Ossos longos – são aqueles onde o comprimento predomina sobre as demais dimensões. Possuem duas epífises, uma diáfise e uma cavidade medular. Ex: fêmur, úmero, ulna. 
-Ossos curtos – são aqueles onde suas dimensões são equivalentes. Ex: ossos do carpo e tarso. 
-Ossos laminares – são aqueles em que a largura e o comprimento predominam sobre a sua espessura, tem forma de lâmina. Ex: escápula. 
-Ossos irregulares – são de formato completo, não se enquadram em nenhuma figura geométrica conhecida. Ex: as vértebras e os ossos da base do crânio. 
-Ossos pneumáticos – são os ossos que contem ar em seu interior. Ex: alguns ossos do crânio, como maxilar e frontal, além de alguns ossos longos das aves. 
-Ossos sesamóides – são também ossos curtos, que oferecem apoio para músculos e tendões. 
-Dipöe – ossos da abóbada craniana. 
Qual  a estrutura de um osso? 

O osso é capaz de crescer e, caso sofra alguma lesão (fratura), regenerar-se através da cicatrização. Quando aumenta as exigências mecânicas sobre o osso, ele é capaz de reforçar a sua estrutura; assim como quando as exigências diminuem, torna-se mais frágil na sua estrutura.

Obs: arquitetura – forma pronta, acabada
Estrutura – é a composição, a natureza de que é feita

O osso é adaptado para resistir as forças de tensão e de pressão e pode suportar cargas estáticas e dinâmicas várias vezes maiores que o peso do corpo.

http://dc250.4shared.com/doc/6HQ3sxUP/preview_html_m545ec752.jpg-Substância cortical – uma camada externa de substância compacta que é localizada principalmente nas superfícies articulares.
-Cavidade medular – é um tubo localizado na parede do tecido ósseo compacto, na diáfise, que ocupa, quase toda a extensão nesta parte do osso. Essa cavidade é preenchida pela medula óssea.
-Substancia esponjosa – está localizada nas epífises e nas partes extremas da diáfise, abaixo da camada óssea compacta. Essa estrutura óssea esta organizada sob a forma de numerosas lâminas, que se entrecruzam e contornam lacunas.
-Substancia compacta – localizada logo abaixo do periósteo e acima da substancia esponjosa.
-Substancia esponjosa reticular – encontrada nas proximidades das superfícies articulares.
-Substancia esponjosa tubular – são encontradas no sentido do eixo maior do osso.
-Periósteo – revestimento externo, membranoso do osso, onde se dispersam as fibras dos tendões, que ali se fixam, e uma lâmina interna, com função basicamente osteogênica, pela ação dos osteoblastos. O periósteo é responsável pelo crescimento do osso, na sua espessura, ou seja, largura.
-Endósteo – reveste a cavidade medular. Está envolvido também no mecanismo de crescimento ósseo, desempenhando, o papel de remodelador do osso, pela ação dos osteoclastos.
-Sistemas Circunferenciais – é uma disposição, em lâminas, na substância compacta dos ossos longos onde, profundamente ao periósteo e ao endósteo, as lamelas percorrem toda a circunferência do osso. Se localizam externamente e internamente no osso.
-Canais longitudinais (de Havers) – dispostos longitudinalmente ao longo do osso, são ocupados pelos vasos e nervos destinados ao tecido ósseo. Estes canais contém tecido conjuntivo frouxo e são interligados, por outro sistema de canais, dispostos transversalmente no osso, que são os canais perpendiculares.
-Canais perpendiculares (de Volkmann) – também são portadors de vasos e nervos, ligados tanto daqueles contidos nos canais longitudinais quanto os da rede periostal, na superfície óssea. Estes canais atingem a cavidade medular, permitindo que os seus vasos e nervos cheguem a medula óssea e não são circunscritos por lamelas ósseas (osteônicas).
-Osteonas – são unidades anatômicas, que estão situadas entre os dois sistemas circunferenciais (externo e interno) e que estão organizadas ao redor de canais longitudinais (de Havers).
-Osteócitos – são localizados tanto nos sistemas circunferenciais quanto nas osteonas, em numerosas lacunas, entre as lamelas ósseas, que são interligados por canalículos, que é onde passa as informações celulares.
-Cartilagem Epifiseal – responsável pelo crescimento longitudinal do osso, ou seja, em comprimento.
 

 
 Quais as propriedades mecânicas do osso?

A seção triangular da diáfise, com que se apresenta a maioria dos ossos longos, confere ao osso maior resistência do que se fora perfeitamente cilíndrica, pois ao nível das três arestas, onde ocorre maior concentração de tecido ósseo, formam-se três colunas de resistência. A partir desta disposição, ficam favorecidas tanto a resistência do osso como a sua capacidade elástica – neste aspecto, o da elasticidade, as faces resultantes constituem pontos de flexão óssea – sem descuidar da máxima economia de tecido ósseo. Por outro lado, o eixo longitudinal dos ossos longos não se apresentam perfeitamente retilíneo, mas em curva ora mais ora menos acentuada, o que lhes confere a condição de verdadeiros arcos, ou segmento de mola.

Como é feita a vascularização dos ossos?
  A vascularição de um osso é feita por duas redes efifisárias, uma rede diafisária e uma rede periostal.

Como pode acontecer uma ossificação?
Ossificação intramembranosa – originando os ossos chatos durante o período embrionário, crescimento dos ossos curtos e gradativo espessamento dos ossos longos.

Ossificação endocondral – mecanismo de ossificação que ocorre durante a formação do embrião, a partir da formação primária de um molde cartilaginoso, posteriormente mineralizado com a deposição de fosfato de cálcio. Os ossos longos são ossificados primeiramente na diáfise, depois nas epífises, através de molde cartilaginoso.
 
 


 Quais são os tipos de células osseas?
 
Podem ser de três tipos:
osteoblastos, osteócitos e osteoclastos.
-Osteoblastos – são células jovens com intensa atividade metabólica e responsáveis pela produção da parte orgânica da matriz, São cúbicas ou cilíndricas e são encontradas na superfície do osso, no periósteo. Fazem a regeneração óssea após fraturas. Os osteoblastos existem também no endósteo (membrana de tecido conjuntivo que reveste o canal medular).

-Osteócitos – durante a formação óssea, à medida que se dá a calcificação da matriz óssea, os osteoblastos acabam ficando em lacunas chamadas osteplastos, diminuem sua atividade metabólica e passam a ser osteócitos, células adultas que atuam na manutenção dos componentes químicos da matriz. Nas regiões ocupadas pelas ramificações dos osteoblastos formam-se os canais e canalículos, que permitem uma comunicação entre os osteócitos e os vasos sanguíneos que os alimentam. Os osteócitos possuem
um papel fundamental na manutenção da integridade da matriz óssea e são protegidos pelas osteonas que os revestem.

-Osteoclastos – células grandes com diversos núcleos (multinucleadas ou polinucleadas), originadas da fusão de células ósseas. Fazem a reabsorção da matriz. Os osteoclastos são células gigantes que também são responsáveis pela degradação do tecido ósseo em condições fisiológicas e patológicas. Originam pela fusão de células mononucleadas da medula óssea, sendo porém observadas somente nas superfícies ósseas. Os osteoclastos secretam ácidos, colagenase e outras enzimas que atacam e liberam Ca2+.