A anatomia é o estudo da estrutura e a fisiologia é o estudo da
função.Estrutura e função são inseparáveis como a base da ciência e a
arte da medicina. A anatomia deve conhecer primeiro determinadas
partes do corpo, para que a fisiologia possa apreciar como essas funcionam. A
anatomia macroscópica é o estudo das estruturas que podem
ser dissecadas e observadas a olho nu, ou com o auxílio de lupas, e constitui o
tema principal da Anatomia Topografica. A
anatomia de uma região com relação a outras regiões do corpo é
designada como anatomia topográfica. A
aplicação prática do conhecimento em anatomia no diagnóstico e no tratamento de condições
patológicas denomina-se anatomia aplicada.O estudo de estruturas
extremamente pequenas, que para serem vistas requerem o emprego de
microscópio,refere-se à anatomia microscópica.A observação detalhada de estruturas só é possível por meio do microscópio eletrônico e
constitui a anatomia ultra-estruturaI. Quando um animal adoece ou
alguns de seus órgãos funcionam de modo impróprio,a alteração do
estado normal é estudada pela anatomia patológica.O
estudo do desenvolvimento do indivíduo desde o oócito fertilizado até o nascimento
é realizado pela embriologia , e aquele do zigoto até a fase adulta, pela anatomia do
desenvolvimento.A teratologia representa o estudo do
desenvolvimento anormal.
ETIMOLOGIA MÉDICA E NOMENCLATURA ANATÔMICA
O estudantede anatomia confronta-se com uma variedade desconhecida de termos e nomes de estruturas anatômicas. Logo,uma interpretação melhor da linguagem empregada em anatomia faz com que
o estudo seja mais compreensível e interessante. Para a publicação de
trabalhos científicos e a comunicação entre profissionais, o conhecimento
da terminologia anatômica é uma necessidade. Com o intuito de assegurar o
entendimento dos termos anatômicos básicos,um dicionário
médico deve estar acessível e ser consultado frequentemente. É muito
importante aprender a grafia,a pronúncia e o significado de todos os
termos novos encontrados. As estruturas dos vertebrados são numerosas e, muitas vezes, os nomes usuais não são viáveis, podem ser vagos ou
sem sentido.Uma vez que se entenda o porquê, é aconselhável ter um
glossário de termos internacionais que possa ser compreendido por cientistas em todos os países. O
aprendizado do vocabulário médico pode ser
auxiliado pela habilidade no emprego das raízes e afixos gregos e latinos.
Nosso vocabulário médico atual tem uma história de mais de 2.000 anos e reflete as influências de vários idiomas. Os primeiros escritos de
anatomia e medicina foram quase que totalmente redigidos em latim e,
como consequência, a maioria das raízes dos termos anatômicos deriva
dessa língua clássica. Os termos latinos são comumente traduzidos para o
vernáculo do profissional que os emprega. Consequentemente, o latim hepar torna-se liver em inglês, foie em francês, higado em espanhol
e leber em alemão."
Embora a terminologia anatômica procure ser o
mais uniforme
possível, uma disparidade nos termos tem-se originado entre os diveros campos da pesquisa e entre os diferentes países. Em
1895,um grupo
composto principalmente de anatomistas germânicos sugeriu uma list padrao de termos daqueles em uso mundialmente. Tal
relação,conhecida como Basle Nomina Anatomica (BNA), não foi aceita
internacionalmente, porém determinou a base para a presente Nomina
Anatomica(NA), que foi aprovada pelo Congresso Internacional de Anatomistas em Paris, em1955. Dos 5.640 termos padronizados, mais de 80%
foram mantidos da BNA. A revisão mais recente da Nomina Anatomica
é a quinta edição,publicada pela Editora Williams & Wilkinsem1983.
Os preceitos de nomenclatura a serem seguidos,expressos na
Nomina Anatomica, são para não se fazerem alterações por motivos
puramente pedantes ou etimológicos; manter termos curtos e simples;
dar nomes similares a estruturas intimamente relacionadas;evitar o uso
de epônimos; empregar termos com algum valor informativo ou descritivo;utilizar adjetivos diferenciais e
opostos (por exemplo: superficial
e profundo);adotar termos simples como regra geral e permitir alternativas somente como exceções; resistir a nominar estruturas insignificantes, mesmo que descobertas ou descritas, e
usar o latim para todos os
termos. Os anatomistas, reunidos em comissões, têm dedicado tempo e
reflexão consideráveis, objetivando o aperfeiçoamento da terminologia
anatômica. O Comitê Internacional sobre a Nomenclatura Anatômica Veterinária, indicado pela Associação Mundial de Anatomistas Veterinários, publicou a Nomina Anatomica Veterinaria dos animais domésticos em 1968. Essa Nomina foi revisa da em sua terceira edição,de1983,
e serve como base para a nomenclatura utilizada.
(Miller,Malcom E., Guia para a dissecção do cão, 5ª Edição)
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